ESPAÇO ACADÊMICO PROFESSORA JULIANE GOMIDE. "O conhecimento é e deve ser uma aquisição transferível de alma para alma, porém dela jamais poderá ser subtraido".
" A inquietude não deve ser negada, mas remetida para novos horizontes e se tornar nosso próprio horizonte."
Edgar Morin
sábado, 7 de março de 2009
NADA JUSTIFICA A VIOLÊNCIA
Muitas são as desculpas para tentar justificar os atos de violência: bebida, desemprego, perder a cabeça, não regular bem. Tratam-se de entativas de aliviar a culpa dos homens que praticam violência.
Acreditar que esses elementos podem ser a causa da violência leva as mulheres a manter uma expectativa equivocada de que quando ele parar de beber, ou quando tiverem um bebê, ou quando ele estiver empregado a situação melhore, e assim elas não enfrentam a violência.
Quando um homem está bêbado e bate na mulher, não podemos afirmar que ele fez isso simplesmente por estar fora de si. Porque, se quem apanha é a mulher, e não o vizinho, o amigo, o dono do bar, isso significa que ele está, mais uma vez, impondo seu poder sobre ela, e não quer dizer que ele não faria isso sóbrio.
No caso de um homem desempregado, ele encontra-se numa situação de fragilidade, de fracasso, e seu único reduto de poder é a mulher, sendo sobre ela que ele exerce a violência.
Os homens tendem a justificar a violência como algo externo a eles, e a sociedade aceita. Mas eles não são violentos por estarem bêbados ou desempregados, mas sim, pela ideologia machista: a sociedade lhes dá poder em relação às mulheres, e isso determina as relações de posse, as ações violentas – eles querem demonstrar, pela força física, quem manda nelas.
Fonte: SOF Sempreviva Organização Feminista
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